Acolhimento e saudações.
Dirigir-se à assembléia com respeito e boa educação. É sempre conveniente sorrir moderadamente para a assembléia observando-a em todo o perímetro da igreja, de modo que as pessoas sintam-se participantes do “banquete celeste”. No momento da acolhida, o comentarista possui por missão introduzir a assembléia, indiferentemente de quem esteja diante do altar, sejam autoridades públicas, sejam mendigos; sejam pessoas de vida consagrada sejam visitantes ateus. Em praticamente todas as missas do ano e principalmente nas missas solenes deve iniciar com tom de voz animada. Excetuam-se as celebrações da Quarta-Feira de Cinzas, da Quinta e da Sexta-Feira Santas, quando será necessário introduzir a assembléia em momento de penitência e veneração pela cruz de Cristo.
Penitência.
Quando o presidente da celebração evoca o momento da penitência, o comentarista apenas acompanha. Pode haver um momento de penitência diferente, quando o comentarista faz a assembléia meditar sobre uma determinada realidade, geralmente em relação à Liturgia da Palavra ou mesmo, sobre um acontecimento que atinja a realidade de igreja (catástrofes, terrorismo, indiferenças cristãs etc.). Isso, antes ou concomitante ao cântico de penitência (Kyrie eleison). Também, a penitência pode ser motivada pelo silêncio com palavras-chave para moção.
Leituras, Evangelho e homilia.
Segundo orientações da CNBB, a partir da Liturgia da Palavra, a participação do comentarista é mínima. Pode haver um texto a se introduzir na Liturgia da Palavra preparando a atenção para as leituras. Quando da meditação com o salmo, pode o comentarista iniciar recitando o refrão do salmo e repetindo-o nos momentos próprios. Mas, isso deve levar em consideração a movimentação e o espaço de tempo entre a saída do leitor e a chagada do salmista no altar. Se o salmista chegar imediatamente, não será necessário que o comentarista recite o refrão. Ao término das leituras, responde: “Graças a Deus” e do Evangelho: “Glória a vós, Senhor”. Após a proclamação do evangelho, moderadamente o comentarista pode interligar o momento da homilia, citando o nome do presidente da celebração e outros dados sucintos, desde que não haja silêncio demasiadamente prolongado. Exemplo: “Sentados, acolhamos agora a homilia a ser proferida pelo padre (bispo)..., pároco (ou outro título)..., neste dia em que celebramos o 05º domingo do tempo comum (ou: a ressurreição do Senhor, a coroação de Maria etc.)”. (Durante o tempo em que o presidente se dirige até o ambão).
Ofertório.
Após o credo, é necessário que a assembléia sente-se para o ofertório que inicia a Liturgia Eucarística. Neste momento, o comentarista motiva a assembléia para as ofertas a serem consagradas. Lembrando que as ofertas são o pão e o vinho e a água. As contribuições em dinheiro etc. são oferendas. No entanto, cada cristão tem seus motivos pessoais para contribuir com a igreja, além da responsabilidade de mantê-la materialmente. As palavras de motivação do comentarista devem levar em consideração essas duas realidades, de modo que as pessoas sintam-se à vontade para contribuir (e não constrangidas, dependendo das palavras do comentarista).
Oração eucarística.
Durante a Oração Eucarística, a participação do comentarista se resume tão somente nas respostas das evocações. Neste momento, sua participação depende do presidente da celebração.
Comunhão.
Aqui, o comentarista reza o “Cordeiro” e apenas interliga a apresentação de Cristo “eucaristizado” com a formação da fila para a comunhão. Essa interligação deve considerar a intenção da missa com o “porque” da eucaristia antes do cântico. E então, evocar o cântico de comunhão, enquanto a assembléia faz a fila.
Final (avisos).
No final da missa, quando houver avisos, esses devem ser anteriormente preparados de modo resumido e no máximo em número de 03 (três), segundo sua importância. Avisos prolongados ou vários avisos cansam a assembléia e não dá tempo para decorá-los. Se for necessário, faz-se referência a uma pessoa, ou a um cartaz ou a qualquer coisa que melhor exponha o aviso, para não acontecer de, ao se prolongar e falar todos os dados, não conseguir que a assembléia decore. O tom de voz do aviso jamais deverá chamar a atenção de forma “apocalíptica”, ou seja, causando terror ou surpresa demasiada. Todo aviso a ser dado deve considerar o momento litúrgico em que a Igreja vive, ou seja, não faz sentido dar avisos que não tenha nada a haver com a realidade da igreja, como por exemplo, um aviso sobre a morte de alguém num dia de festa, como na ressurreição de Cristo, do Natal etc. Outros exemplos: avisos comerciais, políticos e mesmo, esportivos ou de modas, jamais deverão ser dados, a não ser quando se faz referência a alguma coisa (pessoa, cartaz etc.) e que possua o intuito evangélico. Missa é missa. E os avisos devem ter o intuito evangélico e mesmo de algo que faça parte da realidade enquanto comunidade. Como os avisos são dados pelo comentarista, cabe a ele discernir o que deverá ser dito ou não, pois nem todo aviso é necessário e não há aviso mais necessário que o anúncio do Evangelho.
Um dos atributos necessários ao comentarista é saber cantar em tom de voz adequada. Nos momentos próprios, pelo menos deve acompanhar os principais cânticos de modo que a assembléia o perceba e sinta-se motivada a acompanhá-lo. Havendo cantores, o comentarista introduz o cântico e logo acompanha o grupo de cantores. Se não houver cantores, pode iniciar os cânticos de modo a fazer a assembléia acompanhá-lo. Para isso, é preciso confirmar os cânticos da missa com antecedência e saber qual sua melodia. Não é necessário ser excepcional, mas contundente, preciso e consciente de sua participação.
Regra de ouro para o comentarista: “dançar conforme a música”. Quem dá o tom da música não é o comentarista, mas sim o presidente da celebração. O comentarista apenas dança conforme a música, conforme o tom dado pelo presbítero/bispo, cada um com seu modo próprio de trazer presente a realidade da salvação em Cristo Jesus na eucaristia celebrada.
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